Mário António Soares de Campos

Fase II
Nasceu em Luanda a 09-09-1931, onde era relojoeiro e oculista. Foi preso em 09-06-1959, libertado no mesmo dia e preso novamente dias depois, no âmbito da vaga de prisões da PIDE que em Angola deu lugar a três processos judiciais vulgarmente conhecidos como «Processo dos 50». Envolvido na distribuição clandestina de panfletos, foi acusado de pertencer ao «Movimento para a Independência de Angola» (MIA) e de ter cometido «crime contra a segurança exterior do estado, sob a forma de organização ilícita e organização secreta». Julgado no Tribunal Militar Territorial de Angola, foi sentenciado (02-12-1961) a 18 meses de prisão (já cumpridos à data da sentença), suspensão de todos os direitos políticos por 5 anos e medidas de segurança de internamento de 6 meses a 3 anos prorrogáveis. Foi para cumprir as «medidas de segurança» enviado para o Campo de Chão Bom no Tarrafal, onde chegou a 25-02-1962 e de onde saiu em liberdade condicional com fixação de residência em Luanda a 11-09-1964.